20 de março de 2014

Amor de irmã!

Aos cinco
Eu cheguei
Aos meus primeiros cinco
Sua primeira década
Então eu lembro
De um segundo amor
Eu me apaixonei por ti, todos os dias

Na minha primeira década
Já não eras a mesma
Eu, ainda carente
Percebi sua ausência
Não descobri como dizer. E assim, nasceram minhas primeiras palavras
Num papel simples
A vida não era muito diferente disso
Mas apesar da distância, passamos por isso
Juntas

Quatro semestres depois
Foi uma adeus, quase que definitivo
Finalmente, sua própria vida
Seu próprio amor
Sua própria casa

Todos seguiram suas vidas
Se ocuparam
E assim, eu me tranquei num quartinho qualquer
E com as palavras em papel
Vieram algumas lágrimas, vez ou outra

Já aos meus primeiros quinze anos
Quatro longe de ti
Nasce através do teu corpo
O amor verdadeiro
O cheiro de vida pura
O primeiro toque
E quando dizem que amar de verdade
É mágico
Mentem
Amar de verdade, é não saber explicar

Mas, se houvesse como demonstrar tudo isso à ti
Eu pintaria o céu da sua cor favorita
Tentaria me encontrar nas palavras
Te roubaria por alguns minutos
E faria o inexplicável
De fato, se tornar mágico

Volte uma hora dessas
Me abrace num choro desses
Me acalme
Me perdoe pelos erros
E jamais
Nem ouse
Em sumir.

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