29 de abril de 2014

De um tempo pra cá. (Parte II)

De um tempo pra cá
Sou toda a saudade
Sou todo o amor, corrompido
Eu posso ser você
De uma forma, que “eu e você“
Se tornaria nós

Eu tenho visto as pessoas irem
e virem
Por isso, a dor tem se tornado menor
O choro, menos frequente
E o tempo, aproveitado

De um tempo pra cá
Eu percebi, que já faz quase um ano
E que não me restou quase nada,
além de me conformar
E aprender a lidar com a situação

Então caso alguma coisa
De um tempo pra cá
Tenha te tirado a razão
Saber o quanto você é bom
É mais do que essencialmente, importante
Nada é tão difícil.

Seja você mesmo, em tempos como estes.

6 de abril de 2014

Chuva de papel.

Chuva de papel, que leva de mim
Todas as palavras escondidas
As ditas, as não ditas, as pensadas.

Chuva de papel
Que por cada pedacinho de folha
Leva algum código
Daqueles do tipo: Me encontre em tal lugar, em tal hora

Chuva de papel
Que une pessoas distintas
E que faz amar
Que faz viver
Que por si só
Se faz poesia
Se faz pedaço de mim
Pedaço de quem amo
De quem vive perto,
e de quem estou indo reencontrar

Pra sorrir um pouco por lá
pra pôr a cabeça no lugar
Num lugar pra relaxar
Onde a noite, essa chuva de papel se transforma...em tempestade
Que me lava por inteira
Em furacão
Que carrega tudo o que vê pela frente
Mas logo após
Se revela garoa
Mansa, que nem eu, moça
Boba, doida pra encontrar algo e dizer: Me encontre, já!

Ah, chuva de papel!
Entregue todas as minhas cartas
Me facilite a escrita
Pois essas simples palavras, nestes simples versos
Não vão declarar meu encanto por essas rodovias
Então me leve pro lugar mais
próximo daqui
Onde eu possa parar, e pensar
Que sou só eu, e minha chuva de papel.