23 de fevereiro de 2014

Curvilínea.

Sobre as curvas de teu corpo
Corre em ti, um homem
De verdade!
Que te acaricia os cabelos
E que, em teus seios
Já se perdeu

Sobre tuas pernas curvilíneas
Desenhou o mundo
Dedilhou tua nuca
E, beijou-lhe as maçãs do rosto

Te envolveu aos braços
Ergueu-te
E susurrou palavras doces

Não houve um só canto de teu corpo
Que não o tenha tocado
Na manhã seguinte
Em teu café
Havia poesia, pacata

Moça, teus olhos cor de terra
Não negam
Neles pode-se ver tua ternura
E a certeza
Que nada passou de aventura
Leve
Solta
Que se vai, com simples brisa

Sabes exatamente
Que em outra noite
Rolarás tu, pelo tapete de veludo ao chão
Da cor sangue
Aos gritos e gargalhadas
E admitirá que, tuas curvas
Muito prazer te trazem

Quando deixares teu orgulho de lado
E cantarolando, cantarolar que pensa em mim
Ou, ao menos
Responder minhas cartas
Retornar meus telefonemas
Tratar das flores, que te envio
Eu volto

Sim, eu volto

Pra tratar de teu cachorro
Pra roçar minha barba por teu corpo
Te compro um anel escandoloso
Me faço de bom moço
Me convenço do vício, de querer contigo
Um compromisso

Se não me entendeste
Volte ao início
E recorde, que esse homem
Sou eu

Sei o quanto te dói ser forte, o tempo todo
Choras por debaixo dos óculos
Te avisto de longe, não podendo te consolar

Me diga, em tom suave
O que te deixa tão nervosa, moça?
Permita-me tirar de teus lábios
Toda tua amargura
Que te torno mulher feita
Te encorajo ao mundo
Termino agora esta carta, de meias palavras
Corro até ti
E resolvo teu problema
Assumindo que, quero viver
Em teu corpo
Oh mulher, curvilínea.

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